segunda-feira, abril 11

Meio a meio

Para início de campeonato, até que Sky Blue e Independence fizeram uma partida bem movimentada, com direito a emoção nos minutos finais. O time da Filadélfia começou mais à vontade em campo, porém insistiu demais nos lançamentos para Natasha Kai, que quase sempre resultavam em impedimento ou eram interceptados pela goleira Branam. O primeiro lance de real perigo ocorreu quando Lianne Sanderson fez boa jogada pela direita e cruzou para Kai, diante do gol, isolar (tive um déjà vu na hora). Com um bom toque de bola, o Sky Blue começou a envolver o adversário e não tardou a marcar. Allie Long percebeu o avanço da lateral Brittany Taylor e virou o jogo para o lado direito. Com caminho aberto, Taylor cruzou na pequena área e Laura Kalmari completou para o gol. Ainda no 1º tempo, Casey Nogueira cobrou falta e contou com o golpe de vista maroto da goleira Nicole Barnhart para ampliar o placar. O panorama do jogo só mudou mesmo após a entrada de Amy Rodriguez no 2º tempo. Em posição duvidosa, ela recebeu passe de Natasha Kai e tocou com tranquilidade na saída da goleira. Recuado e apelando para chutões na direção de Eniola Aluko, o Sky Blue entregou de vez o controle da partida ao adversário, que por sua vez forçava o jogo pelo meio sem sucesso. O empate acabou vindo só nos acréscimos. Embora tenha tirado uma bola em cima da linha, a defesa do Sky Blue não conseguiu afastar o perigo de vez e, na sequência do lance, Tina DiMartino recebeu dentro da área e não desperdiçou a chance.
Boas atuações de Allie Long, Brittany Taylor, Casey Nogueira, Tina DiMartino, Lianne Sanderson e Amy Rodriguez. Esperava mais de Therese Sjogran, muito discreta. Anita Asante aparenta não estar em boa forma física. O Sky Blue precisa arrumar uma lateral esquerda com urgência. Kendall Fletcher vai bem como zagueira ou volante, mas é fraca atuando pelos lados do campo. As laterais do Independence também são limitadas, mas a presença de Holmfridur Magnusdottir resolverá o problema do lado esquerdo
SBFC: Jenni Branam, Brittany Taylor, Carrie Dew, Anita Asante, Kendall Fletcher (Angie Kerr), Carolyn Blank, Allie Long, Therese Sjogran (Tobin Heath), Laura Kalmari (Danielle Johnson), Casey Nogueira, Eniola Aluko
PI: Nicole Barnhart, Estelle Johnson (Laura del Rio), Kia McNeill, Nikki Krzysik, Leigh Ann Robinson, Jen Buczkowski, Joanna Lohman (Amy Rodriguez), Sinead Farrelly, Tina DiMartino, Lianne Sanderson (Lori Lindsey), Natasha Kai
Público: 2.910

Na outra partida da rodada, o Boston Breakers goleou o Atlanta Beat por 4 a 1. Jordan Angeli, Keelin Winters, Kelley O'Hara e Kasey Moore marcaram para o Breakers enquanto Carli Lloyd, de pênalti, descontou para o Beat.

A 2ª rodada do campeonato terá os seguintes jogos:

Sábado
Philadelphia Independence x magicJack - 20h
Atlanta Beat x Sky Blue FC - 20h
Domingo
Boston Breakers x Western New York Flash - 19h (TV)

sexta-feira, abril 8

Prévia: Western New York Flash

Único time novato da temporada, o Western New York Flash não quis saber dessa conversa de poupar despesas e montou um elenco que já desponta como favorito ao título. Isso graças ao fim do FC Gold Pride, o que permitiu ao Flash arrematar a espinha dorsal do atual campeão da WPS. Como diz o provérbio, a desgraça de uns é a sorte de outros. Com as mesmas peças à disposição, é permitido supor que o esquema 4-3-3, adotado pelo time da Califórnia, também seja mantido. As laterais Kandace Wilson e Ali Riley são velozes e chegam com facilidade no ataque, o que coloca as defesas adversárias sob constante pressão. Na frente, Marta e Christine Sinclair repetirão a parceria que fez sucesso no Gold Pride e agora terão a companhia de Alex Morgan, aspirante ao posto de estrela do futebol norte-americano. A volante Becky Edwards continuará a vigiar o meio-de-campo, enquanto a zagueira Candace Chapman terá ao lado a revelação Whitney Engen, ex-Chicago Red Stars. A goleira Ashlyn Harris brilhou intensamente nos poucos jogos que disputou pelo Washington Freedom e tem tudo para ser a sucessora de Hope Solo na seleção americana. Ex-Philadelphia Independence, a sueca Caroline Seger atuou muito bem no terço final do campeonato passado e terá a responsabilidade de ligar o meio com o ataque. Outras boas opções são a polivalente Brittany Bock, que passou o último ano às voltas com problemas físicos, e a ponta-direita Gemma Davison, que conquistou o título da W-League com o, então, Buffalo Flash. E também tem a questão da Maurine, cuja contratação ainda não foi anunciada oficialmente. Como o time já possui seis estrangeiras, a vaga da brasileira depende de alguma delas obter um visto de residência ou ser dispensada. Nesse caso, acho que a Maurine seria aproveitada no meio, já que as laterais estão bem servidas. Diante de um plantel tão rico, a Copa do Mundo ameaça ser o maior empecilho no caminho do Flash, que poderá ficar desfalcado de até nove jogadoras. Seu treinador terá que quebrar a cabeça para encontrar uma solução.

Gol: Ashlyn Harris, Brittany Cameron, Ashleigh Bowers
Defesa: Whitney Engen, Candace Chapman, Kandace Wilson, Ali Riley, Kim Brandão, Gina Lewandowski, Alexandra Sahlen
Meio-de-campo: Becky Edwards, Caroline Seger, Yael Averbuch, Brittany Bock, McCall Zerboni, Kelly Parker, Beverly Goebel, Julianne Sitch
Ataque: Marta, Christine Sinclair, Alex Morgan, Gemma Davison, Kaley Fountain
Treinador: Aaran Lines

A temporada 2011 da WPS começa neste final de semana com os seguintes jogos:
Sábado
Atlanta Beat x Boston Breakers - 20h
Domingo
Sky Blue FC x Philadelphia Independence - 19h (TV)

quinta-feira, abril 7

Prévia: Philadelphia Independence e Sky Blue

Depois de tirar leite de pedra na temporada passada e levar o Philadelphia Independence ao vice-campeonato, o técnico Paul Riley terá que repetir a dose este ano. Com esse elenco, acho que o Independence briga pela última vaga nos playoffs e nada mais. Debaixo das traves não há problema. Nicole Barnhart deve passar um bom tempo a serviço da seleção americana, mas Val Henderson já mostrou que dá conta do recado. Por outro lado, a defesa não inspira muita confiança. Os reforços contratados para o setor, Kia McNeill e Leigh Ann Robinson, são de qualidade duvidosa. De bom mesmo só a presença de Allison Falk, imbatível no jogo aéreo, e da islandesa Holmfridur Magnusdottir, que sempre leva perigo quando sobe ao ataque. O meio-de-campo é apenas razoável. Lori Lindsey teve um início fulgurante em 2010, mas foi se apagando ao longo do campeonato. Desta vez ela terá que manter o nível. O desempenho de Megan Rapinoe até agora na WPS pode ser resumido da seguinte forma: firulas improdutivas, passes errados em profusão e finalizações na arquibancada. Diante desse quadro, a responsabilidade pela criação deve recair sobre a habilidosa Tina DiMartino. O ataque tem muitas opções e aparenta ser o setor mais forte da equipe. Após um ano de 2009 bisonho, Amy Rodriguez se recuperou e terminou 2010 como artilheira do time. Espera-se que não tenha sido apenas um acidente. Natasha Kai deixou o Sky Blue e deve fazer o que mais sabe: correr adoidado e perder gols feitos. A espanhola Veronica Boquete só se apresentará em maio, mas se repetir o futebol das poucas partidas que fez pelo Chicago Red Stars, conquistará a vaga de titular facilmente.

Gol: Nicole Barnhart, Val Henderson
Defesa: Allison Falk, Nikki Krzysik, Holmfridur Magnusdottir, Kia McNeill, Leigh Ann Robinson, Estelle Johnson, Lauren Barnes
Meio-de-campo: Lori Lindsey, Jen Buczkowski, Megan Rapinoe, Tina DiMartino, Joanna Lohman, Sinead Farrelly, Lauren Fowlkes
Ataque: Amy Rodriguez, Natasha Kai, Veronica Boquete, Laura del Rio, Lianne Sanderson, Danesha Adams, Gina DiMartino
Treinador: Paul Riley

terça-feira, abril 5

Prévia: Boston Breakers e magicJack

Eliminado na semifinal em 2010, o Boston Breakers foi uma das poucas equipes que manteve uma base para esta temporada. A goleira Alyssa Naeher é jovem e ainda comete erros bobos, mas tem potencial. A defesa é uma das melhores do campeonato, se não for a melhor. O problema é que as jogadoras passarão a maior parte do tempo servindo suas respectivas seleções. Nesse ínterim, Ifeoma Dieke, Kasey Moore e outras menos votadas precisarão dar conta do recado. Para funcionar a contento, o meio-de-campo precisará que Leslie Osborne permaneça saudável e que Jordan Angeli repita o surpreendente desempenho do ano passado. Na frente, destaque absoluto para Kelly Smith. A inglesa é capaz de decidir uma partida sozinha, mas é feita de vidro e ninguém sabe se estará bem fisicamente até o final do campeonato. A veloz e habilidosa Kelley O'Hara e a oportunista Lauren Cheney completam o setor ofensivo. O Breakers tem tudo para chegar aos playoffs (o que não é nenhum feito, afinal são 4 vagas para 6 equipes), mas fica a sensação de que ainda falta algo para poder sonhar com o título.

Gol: Alyssa Naeher, Kelsey Davis, Ashley Phillips
Defesa: Amy LePeilbet, Rachel Buehler, Alex Scott, Stephanie Cox, Ifeoma Dieke, Kasey Moore
Meio-de-campo: Leslie Osborne, Jordan Angeli, Nikki Washington, Keelin Winters, Liz Bogus, Niki Cross, Katie Schoepfer, Elli Reed, Leah Blayney
Ataque: Lauren Cheney, Kelly Smith, Kelley O'Hara, Taryn Hemmings, Claire Zimmeck
Treinador: Tony DiCicco

segunda-feira, abril 4

Prévia: Atlanta Beat

Conforme manda a tradição do blog, chegou a hora de analisar as seis equipes que disputarão o campeonato. Comecemos pelo Atlanta Beat, último colocado no ano passado e que adentra a nova temporada sem nenhuma perspectiva de melhora. Desta vez, seu proprietário decidiu apertar o cinto, possivelmente para manter o time em atividade. Para constatar isso, basta olhar o plantel: uma mistura de veteranas da seleção americana, calouras recém-saídas da universidade e jogadoras que apenas compunham o grupo em outras equipes. A opção pela economia fica clara quando vemos que o elenco possui apenas 22 atletas (o máximo é 24) e nenhuma estrangeira. A única vantagem é não sofrer com desfalques em função da Copa do Mundo. O time ficará no máximo sem Carli Lloyd e, talvez, Heather Mitts. A meta será protegida por goleiras ainda em busca de afirmação. Allison Whitworth viveu alguns bons momentos no Gold Pride e, ironicamente, foi dispensada por este mesmo Atlanta Beat no meio da temporada passada. A outra postulante ao cargo, Allison Lipsher, defendeu o Boston Breakers em 2009. A defesa é experiente, mas peca pela lentidão. A lateral Heather Mitts está no ocaso de sua carreira e passa mais tempo no departamento médico do que em campo. Embora jogasse de lateral no Sky Blue, Keeley Dowling deve formar a zaga com Cat Whitehill, cujos lapsos defensivos são famosos. O meio-de-campo deposita suas esperanças no talento de Lori Chalupny, na irregular Carli Lloyd e na promessa Megan Jesolva. O ataque possui jogadoras inexperientes e que ainda não marcaram um gol sequer atuando na WPS. Para tentar arrancar empates ou goleadas de 1 a 0, aposto num esquema 4-5-1. Se o Atlanta Beat não terminar o campeonato na lanterna, terá realizado uma façanha.

Gol: Allison Whitworth, Allison Lipsher, Kerri Butler, Katie Fraine
Defesa: Cat Whitehill, Keeley Dowling, Heather Mitts, Katherine Reynolds, Analisa Marquez, Colleen Flanagan
Meio-de-campo: Lori Chalupny, Carli Lloyd, India Trotter, Megan Jesolva, Vendula Strnadova, Bianca D'Agostino, Kylie Wright, Angela Salem
Ataque: Kristina Larsen, Lauren Sesselmann, Meghan Lenczyk, Katie Bethke
Treinador: James Galanis

sexta-feira, fevereiro 25

Enquanto abril não chega

Na semana passada, foi divulgado o calendário 2011 da WPS. A temporada regular começa em 9 de abril e termina em 14 de agosto, com os playoffs sendo disputados nas duas semanas seguintes. A pré-temporada começa em 1º de março e as equipes têm até o dia 30 do mesmo mês para definir as 24 jogadoras que formarão seus elencos. O campeonato será interrompido de 25 de junho a 4 de julho, período em que ocorre a fase de grupos da Copa do Mundo da Alemanha.
Desde que o último post foi publicado, essas foram as principais novidades no mercado de transferências. Notem que o time anteriormente conhecido como Washington Freedom não economizou e já desponta como forte candidato ao título.
Atlanta Beat: Allison Whitworth (goleira), Allison Lipsher (goleira), Heather Mitts (lateral).
Boston Breakers: Pavlina Scasna (atacante).
magicTalk: Hope Solo (goleira), Christie Rampone (zagueira), Tina Ellertson (zagueira), Shannon Boxx (volante), Lindsay Tarpley (atacante), Marian Dalmy (lateral), Lisa De Vanna (atacante), Johanna Rasmussen (atacante), Kacey White (meia), Ella Masar (atacante), Meghan Schnur (lateral).
Philadelphia Independence: Nicole Barnhart (goleira), Veronica Boquete (atacante), Laura del Rio (atacante).
Western New York Flash: Marta (atacante), Gemma Davison (atacante), Kelly Parker (meia).
Ainda não é oficial, mas é grande a chance da lateral Maurine jogar na WPS este ano. Após a tentativa frustrada por parte do Atlanta Beat na temporada passada, a jogadora do Santos e da seleção brasileira poderá atuar ao lado da Marta no Western New York Flash. Resta saber como o time resolverá a questão do limite de 6 estrangeiras, pois já conta em seu elenco com as canadenses Christine Sinclair, Candace Chapman e Kelly Parker, a inglesa Gemma Davison, a sueca Caroline Seger e a brasileira Marta.
Aproveitando que a Algarve Cup está prestes a acontecer (sem a participação do Brasil, como de hábito), cliquem aqui e visitem o novo Portal do Futebol Feminino em Portugal.

terça-feira, janeiro 11

Recapitulando

Enquanto o blog se encontrava em recesso, eis o que aconteceu de mais relevante na WPS:
O Chicago Red Stars não conseguiu encontrar novos investidores que assegurassem a participação do time nesta temporada e decidiu suspender as operações (atuar no dispendioso Toyota Park certamente não ajudou a amenizar o prejuízo). Entretanto, os proprietários do Red Stars ainda acenam com a possibilidade do time retornar à atividade em 2012 (sei, e eu acredito no Coelhinho da Páscoa). Com apenas seis participantes e times desfalcados de suas principais jogadoras devido à preparação para a Copa do Mundo, a temporada 2011 da WPS promete ser melancólica (e sob risco de ser a última).
Em termos de movimentação de jogadoras, as principais transferências foram as seguintes:
Atlanta Beat: Carli Lloyd (meia), Cat Whitehill (zagueira), Keeley Dowling (lateral), India Trotter (meia/atacante).
Boston Breakers: Rachel Buehler (zagueira), Kelley O'Hara (atacante), Nikki Washington (atacante).
Philadelphia Independence: Natasha Kai (atacante), Megan Rapinoe (meia), Kia McNeill (zagueira), Leigh Ann Robinson (lateral).
Sky Blue: Anita Asante (zagueira), Eniola Aluko (atacante), Therese Sjögran (meia), Tobin Heath (meia), Casey Nogueira (atacante), Carrie Dew (zagueira/volante), Carolyn Blank (volante), Angie Kerr (meia), Kristi Eveland (zagueira).
Western New York Flash: Caroline Seger (meia), Ali Riley (lateral), Kandace Wilson (lateral), Whitney Engen (zagueira), Candace Chapman (zagueira), Becky Edwards (volante), Yael Averbuch (volante), Brittany Bock (zagueira/atacante), McCall Zerboni (meia).
O time anteriormente conhecido como Washington Freedom e que agora atende pelo bizarro nome de magicTalk SC (que é como se chama um produto comercializado pela empresa de seu novo proprietário), ainda não anunciou nenhuma contratação oficialmente. Vai ver que é com ele que o Santos fará a célebre parceria para montar um time na WPS. De qualquer forma, fica a pergunta: se era para mudar o nome e a sede da equipe (metade dos jogos deverá acontecer na Flórida), não era mais fácil comprar uma franquia e começar do zero?
Kristine Lilly, do Boston Breakers e da seleção americana, decidiu finalmente encerrar a carreira aos 39 anos. Pia Sundhage deve estar desesperada, agora vai ter que renovar a seleção americana na marra. Só falta a Heather Mitts seguir o mesmo caminho e obrigá-la a sair do comodismo e convocar uma lateral que preste.
O draft universitário acontecerá nesta sexta às 16h e terá transmissão online. Alguém duvida que a atacante Alex Morgan (a preferida dos chilenos) será a primeira escolhida pelo WNY Flash?